Na opinião do médico Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, políticas públicas voltadas para esse problema e um tratamento da mídia sem tabus poderiam ajudar a evitar consequências graves.

“Ao contrário do que se pensa, as pessoas não vão se matar se a mídia falar mais sobre o suicídio. O importante é a orientação sobre isso. Deve-se falar disso para prevenir”, afirma. Todos os anos, a ABP realiza uma caminhada no dia 10 de setembro para lembrar o “dia mundial da prevenção ao suicídio” e, nos locais em que acontece esse tipo de ação, segundo ele, a incidência tem parecido menor.

depressao post

O psiquiatra diz que, em cada 100 pessoas com depressão grave, 15 cometem suicídio. O número é preocupante, mas pode ser revertido se preconceitos forem combatidos e informações forem divulgadas.

A seguir, você confere fatos que todo mundo deveria saber para lidar melhor com o problema.

Depressão é uma doença, não “frescura”

Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem sofre de depressão é entender e fazer com que os outros entendam que ela não é “frescura”, mas uma doença, como hipertensão ou diabetes.

Isso significa que precisa ser tratada por um psiquiatra, capaz de orientar e, se necessário, medicar adequadamente o paciente. A psicoterapia em conjunto pode ser muito útil, mas o tratamento médico é essencial.

Preconceito só atrapalha a cura

“Psiquiatra é médico de louco e eu não estou doido”. Esta frase, lembrada por Silva, resume boa parte do preconceito que ainda existe em torno da depressão, dos transtornos mentais e até mesmo dessa especialidade da medicina. Por vergonha ou medo de que conhecidos fiquem sabendo, pacientes evitam procurar ajuda ou perdem um apoio importante dos entes queridos.

Com um amigo deprimido, não adianta só conversar

Outro efeito nocivo do tabu é a desconsideração da gravidade do quadro. Muita gente acredita, por exemplo, que basta conversar com a pessoa deprimida para resolver o problema. Nada mais ilusório.

É claro que o apoio, o consolo e a compreensão são estritamente necessários, mas frases como “Calma, vai passar” ou “Deixa isso para lá” não acrescentam e, dependendo da situação, podem ser prejudiciais. Se o paciente estiver com ideias suicidas, por exemplo, a melhor forma de ajudar é incentivá-lo a ir ao médico.

E falar coisas como “Poxa, mas você não está nem tentando ficar feliz” ou “Você poderia se esforçar mais para melhorar” é, na opinião do médico, maldade. “Isso é a mesma coisa que, se você usa óculos, alguém pedir para que tire as lentes e ordenar que enxergue tudo sem elas”, afirma o psiquiatra.

Os sintomas podem ser físicos e psíquicos

A tristeza e o desânimo podem ser sintomas da depressão, mas não são os únicos. De acordo com Antônio Geraldo da Silva, é possível haver sinais físicos, como perda ou ganho de peso, dores inexplicáveis no corpo e insônia ou sonolência em excesso.

Entre os sintomas psíquicos estão: desânimo intenso, cansaço, apatia, falta de vontade de fazer suas tarefas, falta de prazer, de alegria, choro fácil, temperamento explosivo, irritabilidade.

O diagnóstico, claro, precisa ser feito pelo médico, já que a chamada “síndrome depressiva” tem sintomas que podem ser confundidos com outras enfermidades, como o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo.

Qualquer pessoa pode ter depressão

Assim como grande parte das outras doenças, a depressão não “escolhe” alvos específicos. Segundo o psiquiatra, homens e mulheres, crianças, adultos e idosos podem ser acometidos pelo mal.

Esse fato vai de encontro com outro preconceito muito comum: o que diz que “pessoas bem-sucedidas ou ricas não deveriam ficar deprimidas”. Por esse raciocínio, quem não tem motivos aparentes para sofrer deveria ser imune.

A realidade, no entanto, é mais complexa. Há pessoas que têm mais propensão à doença devido à genética. Há outras que podem sofrer com o problema devido a suas condições de vida e o ambiente em que convivem.

De acordo com o médico, fatores como o uso de álcool e drogas, uma rotina muito estressante e noites sem dormir podem aumentar a incidência da enfermidade.

Depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho

Apesar de todo estigma existente em torno da depressão, ela é uma das principais doenças que acometem a humanidade atualmente. Dados de 2013 divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que mais de 350 milhões de pessoas no planeta têm depressão – o que representa 5% da população mundial.

De acordo com estudo publicado na revista científica PLOS Medicine, no ano passado, ela é a segunda maior causa de invalidez, no mundo, ficando atrás apenas das dores nas costas.

Antônio Geraldo da Silva estima que 20% das pessoas já tiveram, têm ou ainda terão a doença ao longo da vida. Por isso, ele ressalta a importância de falar mais sobre o tema, dentro das empresas, na família, nos governos e na sociedade como um todo.

Por: Exame Abril

depressao ipage

Na opinião do médico Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, políticas públicas voltadas para esse problema e um tratamento da mídia sem tabus poderiam ajudar a evitar consequências graves.

“Ao contrário do que se pensa, as pessoas não vão se matar se a mídia falar mais sobre o suicídio. O importante é a orientação sobre isso. Deve-se falar disso para prevenir”, afirma. Todos os anos, a ABP realiza uma caminhada no dia 10 de setembro para lembrar o “dia mundial da prevenção ao suicídio” e, nos locais em que acontece esse tipo de ação, segundo ele, a incidência tem parecido menor.

O psiquiatra diz que, em cada 100 pessoas com depressão grave, 15 cometem suicídio. O número é preocupante, mas pode ser revertido se preconceitos forem combatidos e informações forem divulgadas.

A seguir, você confere fatos que todo mundo deveria saber para lidar melhor com o problema.

Depressão é uma doença, não “frescura”

Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem sofre de depressão é entender e fazer com que os outros entendam que ela não é “frescura”, mas uma doença, como hipertensão ou diabetes.

Isso significa que precisa ser tratada por um psiquiatra, capaz de orientar e, se necessário, medicar adequadamente o paciente. A psicoterapia em conjunto pode ser muito útil, mas o tratamento médico é essencial.

Preconceito só atrapalha a cura

“Psiquiatra é médico de louco e eu não estou doido”. Esta frase, lembrada por Silva, resume boa parte do preconceito que ainda existe em torno da depressão, dos transtornos mentais e até mesmo dessa especialidade da medicina. Por vergonha ou medo de que conhecidos fiquem sabendo, pacientes evitam procurar ajuda ou perdem um apoio importante dos entes queridos.

Com um amigo deprimido, não adianta só conversar

Outro efeito nocivo do tabu é a desconsideração da gravidade do quadro. Muita gente acredita, por exemplo, que basta conversar com a pessoa deprimida para resolver o problema. Nada mais ilusório.

É claro que o apoio, o consolo e a compreensão são estritamente necessários, mas frases como “Calma, vai passar” ou “Deixa isso para lá” não acrescentam e, dependendo da situação, podem ser prejudiciais. Se o paciente estiver com ideias suicidas, por exemplo, a melhor forma de ajudar é incentivá-lo a ir ao médico.

E falar coisas como “Poxa, mas você não está nem tentando ficar feliz” ou “Você poderia se esforçar mais para melhorar” é, na opinião do médico, maldade. “Isso é a mesma coisa que, se você usa óculos, alguém pedir para que tire as lentes e ordenar que enxergue tudo sem elas”, afirma o psiquiatra.

Os sintomas podem ser físicos e psíquicos

A tristeza e o desânimo podem ser sintomas da depressão, mas não são os únicos. De acordo com Antônio Geraldo da Silva, é possível haver sinais físicos, como perda ou ganho de peso, dores inexplicáveis no corpo e insônia ou sonolência em excesso.

Entre os sintomas psíquicos estão: desânimo intenso, cansaço, apatia, falta de vontade de fazer suas tarefas, falta de prazer, de alegria, choro fácil, temperamento explosivo, irritabilidade.

O diagnóstico, claro, precisa ser feito pelo médico, já que a chamada “síndrome depressiva” tem sintomas que podem ser confundidos com outras enfermidades, como o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo.

Qualquer pessoa pode ter depressão

Assim como grande parte das outras doenças, a depressão não “escolhe” alvos específicos. Segundo o psiquiatra, homens e mulheres, crianças, adultos e idosos podem ser acometidos pelo mal.

Esse fato vai de encontro com outro preconceito muito comum: o que diz que “pessoas bem-sucedidas ou ricas não deveriam ficar deprimidas”. Por esse raciocínio, quem não tem motivos aparentes para sofrer deveria ser imune.

A realidade, no entanto, é mais complexa. Há pessoas que têm mais propensão à doença devido à genética. Há outras que podem sofrer com o problema devido a suas condições de vida e o ambiente em que convivem.

De acordo com o médico, fatores como o uso de álcool e drogas, uma rotina muito estressante e noites sem dormir podem aumentar a incidência da enfermidade.

Depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho

Apesar de todo estigma existente em torno da depressão, ela é uma das principais doenças que acometem a humanidade atualmente. Dados de 2013 divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que mais de 350 milhões de pessoas no planeta têm depressão – o que representa 5% da população mundial.

De acordo com estudo publicado na revista científica PLOS Medicine, no ano passado, ela é a segunda maior causa de invalidez, no mundo, ficando atrás apenas das dores nas costas.

Antônio Geraldo da Silva estima que 20% das pessoas já tiveram, têm ou ainda terão a doença ao longo da vida. Por isso, ele ressalta a importância de falar mais sobre o tema, dentro das empresas, na família, nos governos e na sociedade como um todo.

Por: Luciana Carvalho

Livros Publicados

Transtorno de Ansiedade Social

Depressão

Esquizofrenia

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

Transtorno de Pânico

livro ansiedade social
livro depressao
livro esquizofrenia
livro tdah
livro transtorno de panico

Avaliações

Dr. Antônio é um excelente profissional, trata minha depressão e ansiedade a anos e já percebo, assim como meus familiares e amigos, meu progresso ao tratamento e uma melhora grande. Já estou em fase de desmame, algo que nunca imaginei que iria conseguir. Agradeço muito, doutor! 
avaliacao 5 estrelas psiquiatra brasilia
Jonatas Miranda

A melhor psicóloga que já fui na vida, já passei por várias terapias e nenhuma tão atenciosa e dedicada no meu histórico e preocupada com minhas reações e respostas ao tratamento. Muito obrigada, Karine Figueiredo.
avaliacao 5 estrelas psiquiatra brasilia
Ana Maria

Não tenho mais insônia! Maior parte do tempo da minha vida eu tive insônia e nem lembrava mais como era dormir bem, porém depois que comecei o tratamento psiquiátrico com o Dr. Antônio, minha vida mudou completamente. Ele me acompanhou na sua maior paciência e dedicação ao meu caso e se envolveu como nenhum médico tinha feito, hoje já posso dizer o que é dormir bem. Recomendo!
avaliacao 5 estrelas psiquiatra brasilia
Claudia Soares

 Não poderia encontrar psicóloga melhor do que a Karine, super meiga e sempre sabe o que dizer em qualquer situação que levo. Agora sou uma pessoa que sabe trabalhar bem meus problemas e dificuldades que sempre tive, muito obg Karine!!!
avaliacao 5 estrelas psiquiatra brasilia
Luciano de Souza

 O melhor psiquiatra de Brasilia com certeza é o dr. Antonio Geraldo, dedicado e atencioso, e muito prestativo, tratou meus vícios químicos e foi algo bem trabalhoso e demorado, mas valeu totalmente, hoje já não sou viciado e nem sinto falta, consegui retomar minha vida normal. Muito obrigado doutor.
avaliacao 5 estrelas psiquiatra brasilia
Claudia Soares

 Ótima profissional, nunca tinha ido a uma psicóloga tao boa antes, que me entende totalmente, já melhorei tanto desde que comecei meu tratamento com a Karine. Indico a todos!
avaliacao 5 estrelas psiquiatra brasilia
Fernanda G